Cada vez mais, o movimento LGBTQIAPN+ tem ganhado espaço na sociedade, trazendo debates para repensar alguns padrões impostos pela sociedade, desde os primórdios do tempo. Um deles sendo os estereótipos de gênero.
Até hoje, existem debates sobre roupas para homem e mulher, até debates sobre qual cor cada gênero deveria usar. No entanto, isso tem sido desconstruído aos poucos.
É comum vermos influenciadores e hashtags nas redes sociais com pautas da quebra desses estereótipos. No entanto, esse movimento não começou agora.
Um exemplo na história dessa ruptura de estereótipos é o movimento feminista que lutou para mulheres poderem usar calças também, peça anteriormente destinada ao universo masculino, com possibilidade de quebra de lei, se a mulher usasse.
O que muitas vezes não é debatido é que esses estereótipos podem recair sobre a moda adulta e infantil e, em alguns casos, limitar sua expressividade e liberdade das crianças, tornando-se um trauma na vida adulta.
Confira como criar sua criança sem os estereótipos de gênero e criar um ambiente mais acolhedor e harmônico para ela. É possível seguir algumas dicas, como:
- Repense as suas expectativas;
- Trabalhe com os seus próprios traumas e preconceitos;
- Consuma mídias inclusivas;
- Conviva com pessoas diversas.
Dessa maneira, é possível ver cada alguns desses pontos levantados para ter acesso a uma desconstrução sobre todo esse processo.
Repense as suas expectativas
É normal ter expectativas quando se tem uma criança. Qual pai não quer que seu filho cresça saudável e feliz?
No entanto, você não pode controlar seu filho a fazer o que quer, muitas coisas estão fora do seu controle, como a cor do cabelo, dos olhos, quem ele ama, como seu filho se expressa ou se identifica e o que ele quer ser quando crescer.
Ao invés de criar expectativas sobre esses pontos, permita que ele seja quem ele é e que se descubra. Deixe a criança decidir se ela quer uma fantasia de princesa ou príncipe, fada ou cavalheiro.
Desde que ela não esteja machucando a si mesma e a outras pessoas, está tudo bem se expressar da maneira que quiser, e a ajude nesse processo.
Trabalhe com seus próprios traumas e preconceitos
Não é segredo que vivemos em uma sociedade misógina, LGBTfóbica, machista, racista e xenofóbica. Fomos criados para ser assim e, em algum grau, temos esses preconceitos enraizados em nós.
Logo, estamos sujeitos a reproduzir falas e atitudes preconceituosas, seja com as pessoas ao nosso redor, ou até com nossos próprios filhos.
Por isso, trabalhe seus próprios traumas de criança, quando você pode ter sofrido alguma repressão por causa desses preconceitos.
Poderá procurar um terapeuta especializado em família, a fim de que possa ajudar e auxiliar sua criança e, porque não, dependendo da idade, procurar um terapeuta para ela? Isso pode ajudá-la a compreender melhor quem ela é, da melhor forma possível.
Consuma mídias inclusivas
Hoje em dia, há diversos filmes, séries e desenhos que são inclusivos, com personagens não bináries, de gênero fluído, trans, entre outros.
Recentemente no The Voice Brasil 2022, teve a participação de uma pessoa não binária, isto é, que não vê no aspecto binário de gênero (homem ou mulher).
Essas são oportunidades de explicar que está tudo bem ser quem é, que há pessoas diferentes de nós e que o respeito e o amor deve prevalecer.
Conviva com pessoas diversas
Quantas pessoas LGBTs você conhece? Quantas pessoas trans? Quantas pessoas não são binárias? Inclua-as no seu convívio e no da sua criança. Nada melhor que suas atitudes para demonstrar que há uma diversidade de pessoas no mundo e que todas merecem amor, respeito e felicidade.