Ter uma alimentação equilibrada e com boa fonte de vitamina, praticar atividades físicas, dormir bem, manter hobbies e momentos de lazer. As recomendações para ter boa saúde física e mental incluem esses cuidados para a maioria das pessoas.
Mas você sabia que, além desses hábitos, o costume de tomar sol também pode ser essencial para a saúde? A exposição solar, além de permitir o bronzeamento da pele, também ajuda a produzir vitamina D, uma substância fundamental para diversas funções do corpo.
Quando ela está em baixa quantidade, situação que pode ser identificada por meio de um exame de sangue simples, podem ocorrer diversos desequilíbrios no corpo.
Nas últimas décadas, a deficiência de vitamina D tem se tornado mais comum. Muitas pessoas têm pouco tempo de exposição solar durante a semana, o que pode acarretar a ausência da vitamina no corpo, principalmente porque:
- Trabalhos reclusos e internos;
- Prédios sem exposição solar;
- Escritórios domésticos;
- Entre outras coisas.
Abaixo, saiba mais sobre a deficiência
O que é a vitamina D?
Embora receba esse nome, a vitamina D é, na verdade, um pró-hormônio. Ao se associar ao paratormônio, ela atua para regular o cálcio no organismo, agindo consequentemente no metabolismo ósseo.
Ela se apresenta sob duas formas: o ergocalciferol (Vitamina D2) e o colecalciferol (Vitamina D3), sendo esta a que se forma quando a pele está exposta ao sol.
Funções da substância
Ligada à regulação de cálcio no organismo, elemento essencial para o corpo humano, a vitamina D atua diretamente nos órgãos e sistemas nos quais o cálcio é mais presente e necessário.
Sendo assim, entre suas principais funções estão a formação e a saúde de ossos e dentes. De acordo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), há estudos que sugerem a ligação da vitamina D também com o sistema imunológico.
Além disso, a substância tem forte influência no equilíbrio mental, auxiliando no bem-estar e na redução dos riscos de doenças graves, como o câncer e a diabetes.
Causas e consequências da deficiência
De modo geral, a deficiência de vitamina D ocorre quando uma pessoa se expõe pouco ou nada à luz solar. Isso porque a sintetização dela no corpo humano ocorre com a penetração dos raios no tecido cutâneo.
À medida que os raios incidem na pele, acontecem as reações diversas que permitem a sintetização da substância. Dessa forma, quem não se expõe ao sol pode apresentar índices abaixo do ideal.
Como consequências da deficiência vitamínica estão:
- Problemas ósseos – fraturas e osteoporose;
- Perda de cabelo, ligada aos prejuízos imunológicos;
- Baixo controle da bexiga;
- Declínio cognitivo.
No último caso, isso acontece, pois a vitamina também atua no equilíbrio mental.
Sintomas: conheça alguns
Os principais sintomas da deficiência de vitamina D estão ligados à atuação que ela tem no corpo. Dores nas costas e nos ossos compõem um dos primeiros sintomas, já que a ausência prejudica a absorção de cálcio, componente fundamental de dentes e ossos.
Fadiga sem razão aparente e imunidade baixa são outros sintomas que podem ser notados com rapidez, especialmente se a pessoa tem hábitos de vida saudáveis, como boa alimentação e rotina de sono adequada.
Problemas de cicatrização e perda de cabelo são outros dois sintomas frequentes. Isso porque o cálcio, regido pela vitamina D no corpo, ajuda na densidade óssea e, consequentemente, favorece a cicatrização, além de promover o crescimento e o fortalecimento dos fios de cabelo.
Ademais, a baixa concentração de vitamina D no corpo pode resultar em desânimo constante e ausência de vivacidade, outro sintoma facilmente notável.
Pessoas que tomam pouco sol e, por consequência, têm menos concentração da vitamina no organismo, produzem o hormônio do sono (melatonina) em maior quantidade, ficando mais sonolentas, cansadas e desanimadas.
Como tratar?
Embora a vitamina D possa ser suplementada por meio da alimentação e de comprimidos concentrados com a substância, a principal recomendação é tomar sol com proteção solar química (filtro solar) diariamente por, no mínimo, 20 minutos.
No entanto, para não colocar a saúde da pele em dia, evite os horários de pico, entre 12h e 16h.
Texto: Gustavo Marques