A B3 (Bolsa de Valores brasileira) vem crescendo entre os investidores brasileiros nos últimos anos. Em 2020, segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os investimentos de pessoas físicas na bolsa cresceram 13,4%, atingindo um volume de R$ 3,7 trilhões.
Investir em companhias na Bolsa é uma forma de conseguir uma boa rentabilidade no curto prazo. Ao contrário do que muitos pensam, o investimento em ações e fundos da Bolsa de Valores não é somente para pessoas de alto poder aquisitivo. Aqui, vamos mostrar como a B3 funciona.
Como começou a Bolsa de Valores?
A B3 começou em 1895 com o nome de Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo. Anos depois, o nome mudou para Bovespa. No início dos anos 2000, a Bovespa e a Bolsa do Rio cuidavam de boa parte do mercado de ações brasileiro, junto com a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), que cuida de contratos de commodities.
Em 2008, a BM&F e a Bovespa se uniram no mercado, tornando-se uma das empresas mais valiosas da América Latina. Depois, em 2017, a CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos) foi incorporada à BM&F Bovespa para surgir a B3.
Como funciona a Bolsa de Valores no Brasil?
A comercialização de ações na Bolsa de Valores acontece a partir da abertura de capital de empresas. Para começar, uma empresa que está se expandindo e precisa de investimentos de terceiros para continuar crescendo abre uma IPO (sigla que significa Oferta Pública Inicial).
O IPO abre a comercialização de ações no mercado primário, fazendo com que elas estejam disponíveis para qualquer investidor que esteja na Bolsa de Valores. Depois da compra de cotas por parte de investidores, as ações também passam a ser negociadas no mercado secundário, com acordos entre investidores.
Para quem investe, o caminho para ter acesso a estas ações é por meio das corretoras de valores. Elas funcionam como intermediários de negociação, já que não é possível investir diretamente na B3. Após criar uma conta na corretora, o investidor tem acesso às ações de empresas de diversos portes e segmentos.
Existe valor mínimo para investir em ações?
Não há valor mínimo para investir em ações. Os valores de ações variam entre centavos e ações mais caras. Para quem não tem tanta capacidade de investimento, procurar ações baratas é uma boa ideia. Outro caminho é optar por fundo de investimento para ter acesso a mais ativos com um único investimento.
Quais são as taxas envolvidas nas negociações da B3?
A Bolsa de Valores possui algumas taxas. A primeira é a taxa de emolumentos, paga para a Bolsa de acordo com o valor de compra ou venda de ações. A taxa de performance é cobrada quando um fundo de investimento supera a rentabilidade planejada.
Outra taxa comum para quem investe em fundos de investimentos é a taxa de administração, que é paga anualmente para cobrir os custos operacionais da administradora do fundo. Há também a taxa de corretagem, cobrada a cada emissão de uma ordem de compra e venda.
A taxa de custódia é cobrada pela corretora de valores, sendo exigida mensalmente. Muitas corretoras têm optado por zerar a cobrança de taxa de custódia nos meses em que o investidor comprar ou vender ações.
B3 é investimento de alto risco?
As ações negociadas na B3 são consideradas de alto risco. O mercado de renda variável é muito volátil e as oscilações nos valores das ações trazem bastante risco para o mercado. Além disso, há o risco de liquidez, já que nem sempre é possível conseguir vender uma ação rapidamente na B3.
Para entrar no mercado da Bolsa de Valores, a dica é estudar bastante sobre seu funcionamento. Isso é fundamental para escolher a corretora certa e começar a fazer as primeiras movimentações.
Texto: Gear Seo