Por muito tempo, o conhecimento técnico foi considerado o elemento mais importante na hora de projetar o sucesso profissional de uma pessoa. O mercado corroborou essa ideia por décadas, já que, até então, muitas de suas exigências estavam relacionadas ao conhecimento técnico e as empresas realizavam as contratações baseadas nessas competências e não na gestão comportamental.
Não à toa, ainda hoje, há muita gente que investe em formações acadêmicas, cursos de extensão, especializações e afins acreditando que, isoladamente, acumular esse tipo de conhecimento garante não apenas a inserção, como também um bom desempenho no mercado de trabalho.
Mas é bom já adiantar: nos dias atuais, ter um currículo cheio dessas competências, também chamadas de hard skills, já não é o suficiente para assegurar o sucesso profissional.
Isso porque vivemos em um período onde as tendências mudam rápido, assim como os cenários, que evoluem constantemente e se adaptam a novas demandas com maior facilidade.
O conhecimento técnico ainda é muito importante para um colaborador, mas, hoje em dia, entende-se que há outros elementos igualmente relevantes a se considerar. E o principal deles é o comportamento.
O que é comportamento?
O termo comportamento está relacionado à maneira com que uma pessoa reage a determinadas ações ou situações e à sua capacidade de lidar com essas circunstâncias, sejam elas de natureza interna ou externa.
Quando identificamos a forma com que um colaborador pensa, age, sente, além de suas preferências e tendências, torna-se possível traçar o que chamamos de perfil comportamental – ou talento.
Segundo uma pesquisa realizada pela ETALENT sobre os Talentos Brasileiros, ao todo, existem 36 talentos diferentes, cada um formado por características distintas.
Quando os colaboradores assumem cargos alinhados com suas características naturais, há fluidez, harmonia e prazer. Nesse caminho ecologicamente humano, a produtividade aumenta e eles se sentem mais motivados.
Mas o contrário também acontece: funções que demandam comportamentos muito discrepantes em relação às características naturais de um profissional tendem a desestimulá-lo e exigem um grande esforço emocional de sua parte para que sejam exercidas.
Os resultados não poderiam ser outros: insatisfação, queda de rendimento, desenvolvimento comprometido e, em casos mais extremos, problemas de saúde mental.
Por isso, hoje em dia, possuir apenas as habilidades adequadas para um cargo não basta para empresas que desejam manter a competitividade no mercado. É preciso que os colaboradores tenham o comportamento adequado, o conhecimento e as habilidades para gerar atitudes de alta performance e obter resultados expressivos.
Afinal, profissionais infelizes, frustrados e difíceis de lidar contribuem para a construção de ambientes de trabalho tóxicos e capazes de comprometer o rendimento de equipes inteiras.
Isoladamente, o conhecimento técnico não é o suficiente para impedir esse cenário – é preciso, também, desenvolver as habilidades comportamentais, ou soft skills, que, não à toa, estão cada vez mais valorizadas no mercado.
O que é gestão comportamental?
O comportamento é algo individual e varia bastante de pessoa para pessoa. Há quem sinta prazer em trabalhar cercado pelos colegas e quem prefira desenvolver suas atividades isolado e sem interrupções. Há pessoas que gostam de rotinas fixas e outras que necessitam fazer algo diferente todos os dias. Há quem fique confortável assumindo riscos e quem prefira condições mais estáveis.
Esses são alguns exemplos de características que definem comportamentos distintos.
É nesse ponto que entra a gestão comportamental. Essa é uma metodologia de gerenciamento focada no comportamento dos colaboradores e, como o próprio nome sugere, cabe a ela assegurar que os profissionais trabalhem em cargos alinhados às suas características individuais.
Com o auxílio de análises comportamentais e softwares voltados para a gestão do comportamento, é possível identificar as competências dos colaboradores e realizar o match perfeito entre as funções e suas tendências naturais. Essa forma de gestão de pessoas é muito eficaz para melhorar o desempenho, criar relações benéficas e alavancar os resultados obtidos.
Como usar os diferentes talentos como aliados na estratégia de negócio?
Por mais que tentemos, não somos capazes de deter todos os talentos que existem. Isso porque alguns traços comportamentais são completamente opostos e não há uma forma plausível de exercê-los ao mesmo tempo – ou você é metódico com suas ações ou prefere improvisar; ou é sociável ou é mais introspectivo; e por aí vai. O tipo de atividade que alguém exerce com mais ou menos facilidade também muda de acordo com essas variáveis.
Além disso, qualquer tentativa de exercer uma característica que vá de encontro com a própria natureza pode causar desgaste, então a melhor alternativa é desenvolver o autoconhecimento e se tornar capaz de reconhecer os próprios limites.
Até porque, quando inserido na equipe certa, esse panorama muda e não há necessidade de tentar nadar contra a correnteza.
A gestão de competências comportamentais é uma importante aliada na hora de formar equipes otimizadas. Isso porque, através da análise do comportamento de cada colaborador, é possível desenvolver times em que as características se complementam e se alavancam.
Na prática, isso significa que os colaboradores ficam livres para trabalhar os seus pontos fortes, já que há outros responsáveis por lidar com os aspectos em que eles não se destacam, e vice-versa.
A relação de complementaridade é estabelecida dessa forma, ao mesmo tempo que as demandas são cobertas por colaboradores distintos e que não se desgastam mais do que deveriam, o que representa ganhos significativos na produtividade.
É assim que são formados os times de alta performance que, como o próprio nome sugere, são equipes capazes de alcançar níveis de produção acima da média e resultados mais expressivos. E esses times não precisam fazer horas extras para tal – o seu grande diferencial é, justamente, que seus integrantes exercem funções alinhadas aos seus perfis comportamentais.
O Team Building é essencial para a formação destas equipes. Isso porque este processo foca na construção estratégica de times considerando tanto as habilidades técnicas individuais quanto o comportamento dos integrantes.
Dessa forma, é possível criar equipes que tenham objetivos compartilhados, competências que se completam, sinergia, confiança e um bom entrosamento.
Além de maior qualidade nas entregas, há ganhos expressivos em motivação, comunicação, cooperação, engajamento, além dos relacionamentos em si.
Logo, o clima organizacional também é impactado de forma positiva, o que melhora a jornada do colaborador e fortalece a marca empregadora da empresa.
Assegurar a satisfação, a felicidade e a produtividade do Capital Humano é o dever de qualquer organização competitiva – afinal, toda empresa é formada por pessoas e elas se sentem mais motivadas sob essas circunstâncias.
Com a gestão comportamental e o team building, é possível otimizar o seu rendimento e criar rotinas que sejam mais prazerosas e, consequentemente, aumentem seu engajamento.
A ETALENT, empresa especialista em Gestão do Comportamento e parceira da Business Connection, oferece diversas soluções em sua loja para realizar esse processo na sua organização. Afinal, é com pessoas certas nos lugares certos que os melhores resultados aparecem!