Quais são as taxas para investir em ações?

O número de brasileiros investindo em ações aumentou bastante em 2020. De acordo com dados da B3, a bolsa brasileira, o número de investidores (pessoas físicas) aumentou 92,1% de 2019 para 2020, chegando a 3,2 milhões de contas no fim do ano passado. 

Investir em ações se tornou uma opção para os investimentos em renda fixa, que tiveram seus rendimentos brecados por conta da baixa na Selic e nas taxas de juros. Outro ponto que ajudou esse crescimento foi a facilidade para investir na Bolsa de Valores. 

Para aqueles que estão pensando em investir em ações, separamos as principais taxas cobradas nos investimentos em ações, sendo elas:

  • Taxa de corretagem;
  • ISS;
  • Taxa de custódia;
  • Emolumentos e taxa de liquidação;
  • Imposto de Renda;
  • Taxa de dividendos.

Como forma de facilitar o entendimento, listamos alguns dos principais pontos:

1 – Taxa de corretagem 

O principal custo no investimento em ações é a taxa de corretagem. Essa taxa pode ser cobrada de forma fixa ou por um percentual sobre o capital negociado. A taxa de corretagem varia conforme a corretora de valores do investidor. 

Geralmente, a taxa é cobrada para investidores que operam via home broker. Há como base de cobrança a Tabela Bovespa de Corretagem, criada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), usada como parâmetro na B3.

2 – ISS 

A sigla ISS significa Imposto sobre Serviços. O imposto está presente na nota de corretagem de qualquer operação. 

O ISS é pago pela corretora para a B3 e o valor é repassado para o cliente. O custo faz parte da corretagem, sendo indicado separado na nota para que o investidor tenha acesso à informação completa.  

3 – Taxa de custódia 

A taxa de custódia remunera o administrador dos ativos. O valor pode variar de corretora para corretora. Em alguns casos, dependendo do pacote de corretagem, o cliente pode até receber a isenção dessa taxa. 

4 – Emolumentos e taxa de liquidação

Poucos investidores sabem o que são emolumentos, mas os pagam em qualquer operação na Bolsa de Valores. Os emolumentos são os valores pagos para cobrir os custos operacionais. Basicamente, o investidor paga um percentual de acordo com o valor da operação. 

Os valores variam bastante de acordo com o tipo de operação, que pode ser normal ou day trade. Além disso, investidores pessoas físicas pagam taxas diferentes dos valores cobrados em fundos de investimento, por exemplo. 

As operações na Bolsa de Valores também cobram uma taxa de liquidação. Semelhantes aos emolumentos, o valor é cobrado por percentual de acordo com o valor negociado. Todas as tarifas, dependendo do mercado e dos tipos de ativos, estão disponíveis no site da B3. 

5 – Imposto de renda 

O imposto de renda (IR) é cobrado em diversas operações da Bolsa. Para facilitar o entendimento, trouxemos alguns pontos necessários e importantes.

Em negociações de swing trade (compra e venda em dias diferentes), a alíquota de IR será de 15% sobre o rendimento em casos em que o valor bruto da venda da ação é superior a R$ 20 mil por mês. Em valores inferiores, não há cobrança de IR. 

Em operações de day trade (compra e venda de ações no mesmo dia), a alíquota de imposto de renda será de 20%. 

6 – Taxa de dividendos 

No início de 2020, a B3 avisou que iria passar a cobrar uma taxa de 0,12% no pagamento de dividendos a investidores com mais de R$ 20 mil investidos na Bolsa de Valores. 

A taxa incidirá sobre qualquer tipo de provento, como os dividendos pagos pelos fundos imobiliários. A B3 não informou uma data para essa cobrança passar a vigorar nas operações da bolsa. 

O investimento em ações é bastante indicado para investidores que querem potencializar seus rendimentos. 

Mesmo que seja um mercado de maior risco, bem mais volátil que o de renda fixa, as ações são investimentos que podem render bons frutos no curto, médio e longo prazo. 

Porém, como qualquer outro tipo de investimento, ações geram custos, taxas que devem ser pagas e que alteram o valor do rendimento final do ativo, por isso é importante conhecer todas as cobranças antes de investir em ações.