Futuro do trabalho: por que a autogestão é uma tendência?

Diversas habilidades são importantes para talentos e empresas e desenvolvê-las é fundamental para os resultados

Para que as empresas atraiam e retenham talentos, diminuam o turnover e tenham resultados é preciso de muito mais do que salários dentro do negócio, afinal, os profissionais atuais buscam ir além.

Com a aceleração da digitalização, as mudanças dos perfis de colaboradores e da forma de trabalho muito alavancada pela pandemia e com o futuro batendo à porta todos os dias, diversas são as tendências do “futuro do trabalho”.

Portanto, quando falamos desse futuro falamos de mudanças vistas e implementadas dia a dia nos ambientes e conhecer as tendências é essencial para adequar ambientes e perfil profissional. Saiba mais sobre uma compacidade importante nesse cenário.

 

Autogestão e sua importância

A cultura de trabalho está se tornando cada vez menos centralizada e o home office e a distância das pessoas fez com que isso fosse acelerado de forma ainda mais rápida dentro dos negócios.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Indeed, 34% dos CEOS acreditam que modelos de equipe não hierárquicos serão parte fundamental do futuro do trabalho, e para 95% deles, a era pós pandemia vai demandar ainda mais habilidades de autogestão dos talentos.

A autogestão é a capacidade de se organizar e entregar tarefas de qualidade nos prazos estipulados de forma individual, ou seja, sem a cobrança de líderes e acompanhamento em cada passo do processo para garantir que ele funcione.

Portanto, se você é daqueles profissionais que só funcionam se alguém te cobrar para entregar, é preciso rever esse padrão.

Isso tem também a ver com a tendência de que o trabalho é muito mais do que as horas diárias estipuladas e cronometradas, mas sim que as entregas e produtividade torna-se cada vez mais importante e valorizada além do ponto batido na empresa.

Vale dizer que isso não tem a ver com a falta de lideranças, mas sim com uma mudança de cultura organizacional para tomadas de decisões de forma mais uniforme entre os colaboradores e gestões mais horizontais, que valorizam fortemente a autonomia.

 

Como essa autogestão acontece na prática?

A adoção de um modelo de autogestão depende de dois lados, o profissional e a empresa e é necessário que ambos compreendam as melhores práticas para que ela funcione com entregas e resultados reais.

 

Autogestão pessoal

A autogestão é uma competência profissional essencial para os indivíduos e faz parte do diferencial do futuro do trabalho. 

É cada vez mais comum que organizações busquem por essa soft skill, ou seja, por colaboradores capazes de assumir responsabilidades e que tenham autonomia para desempenhar suas funções.

Para que isso seja possível, é importante que o colaborador invista em comunicação interpessoal, que será crucial na busca de informações e no seu crescimento de relacionamentos, tenha clareza das responsabilidades do seu trabalho e trabalhe em grupo. 

Afinal, ter autogestão não é sobre individualismo, mas sim sobre ser capaz de se organizar nas entregas.

A autogestão é um processo de aprendizado que acontece com a prática, erros e acertos e é importante que o colaborador entenda a necessidade dessa característica para que a desenvolva de forma particular.

 

Autogestão empresarial

Assim como a autogestão depende de um conjunto de ações pessoais, também demanda o empenho da empresa. 

Não basta querer que o profissional tenha autonomia se existem diversas regras para que ele reporte a cada passo para os gestores, por exemplo.

Mais do que isso, não é possível cobrar autogestão e desempenho se o negócio não desenvolve colaboradores, não cria regras e não estimula ambientes saudáveis e seguros para isso.

É um grande desafio mudar a forma de gestão, mas para caminhar junto às tendências é crucial rever algumas práticas, olhar para hierarquias, fornecer treinamento contínuo.

Além de ter feedbacks estruturados para o crescimento individual dos colaboradores, estimular o erro e acerto e dividir de gato as estratégias com os times.

Vale dizer que ter autogestão não é sobre a empresa deixar com que os colaboradores tomem todas as responsabilidades e o trabalho siga, mas sim que existam regras e lideranças para “organizar o jogo” para que todos sigam na mesma direção.

 

Benefícios da autogestão

A autogestão dá diversos benefícios para pessoas e empresas e quando bem praticada ela pode ser vista com:

  • Democratização dos processos de trabalho;
  • Aproximação dos times e melhor trabalho em equipe;
  • Desenvolvimento de metas pessoais;
  • Agilidade na tomada de decisões;
  • Melhora da criatividade;
  • Resultados mais assertivos e menos retrabalho.

Portanto, agora que sabe mais sobre essa tendência fundamental, pense em como você tem desenvolvido a sua capacidade de autogestão, olhe para ela de forma individual e não deixe essa soft skill para depois.